março 09, 2006

Música e jornalismo


Tento misturar duas coisas que eu gosto muito: jornalismo e música, ou pra quem diga que exista: jornalismo musical. Eu e Salazar (¬¬) com essa idéia na cabeça de música misturada com nossas especializações me deixaram com idéias malucas. Segunda-feira encontro na estante da biblioteca da minha faculdade com o livro: Música e Jornalismo de Mário De Andrade. Fiquei super empolgada (não é pra menos) e nem pensei duas vezes. Observei que só uma pessoa tinha lido o livro e fiquei olhando pra capa muito tempo até ligas as coisas. Será que ninguém além de mim ficou empolgado quando viu esse livro? Fiquei curiosa e perguntei pra bibliotecária. Ela disse que ninguém tinha lido, que ela tinha escrito errado uma vez. Absurdamente verdade eu tive a certeza que eu fui à única - será que corajosa? - que peguei o santo livro.
Comecei a ler no mesmo dia toda entusiasmada. Logo, mais ou menos na terceira página, não demorou muito, fiquei chocada. Toquei-me que não sei nada de concertos, óperas, muitos menos teatro. Estou curiosa, nervosa e ansiosa. Terminei hoje e podem acreditar, o que eu ganhei com esse livro foi uma paixão por canções líricas e uma vontade estrondosa de assistir concertos, conferências e principalmente ter mais conhecimento sobre compositores e vontade múltipla de buscar mais sobre obras musicais brasileiras.
Infelizmente, sei que essa vontade ficará em vão. Dificilmente, mas muito difícil mesmo, irei algum dia a um concerto, conferência. Assistir uma ópera no Espírito Santo de boa qualidade está longe, nem nos sonhos. Assistir teatro, quem sabe um dia, pelo menos em Vitória está crescendo o número de pessoas interessadas. Quem sabe.
A única coisa que me consola é que alguns temas, compositores, músicas eu posso pesquisar na Internet. E ainda tem gente que critica esse novo moderno instrumento.

2 comentários:

Aninha disse...

Oi Nana,
Foi com um prazer enorme que li seu comentário. Já tinha ouvido(lido)muito sobre vc através do seu pai.O Serginho é uma pessoa muito querida e a forma carinhosa como fala dos filhos demonstra a pessoa que é.
No meu tempo de faculdade(tb fiz jornalismo) tb me admirava qdo pegava um livro super interessante na biblioteca e percebia que apenas eu ou poucas pessoas haviam lido. Eu acho inadmissível alunos do curso de jornalismo lerem pouco. Muitos só vão a biblioteca qdo precisam pesquisar algo ou xerocar algum capítulo pedido pelo professor.
Precisamos ler de td um pouco para assim podermos criar sendo crítico, mas não é o que acontece muitas vezes.
Não se choque pelo fato de não saber nada sobre concertos, óperas, teatro. Como o Rafael disse, infelizmente há o estigma de ser elitista. O que não é de todo errado mas hj podemos nos deparar com concertos populares ( no RJ existem os espetáculos aos domingos no Teatro Municipal a preços populares). Pena que aí no Espírito santo seja complicado e não apenas aí, mas em várias partes do país.
O Brasil tem uma história na música clássica muito rica e ainda desconhecida. Estava trabalhando em um projeto cultural onde haveria um resgate de composições de compositores barsileiros. Já havíamos feito a gravação e remasterização da primeira parte deste projeto. Era algo esplendoroso e durante as gravações, cheguei a chorar com concertos maravilhosos.
Infelizmente não é um estilo apreciado por muitos, até pq é preciso muita sensibilidade.Música clássica, erudita, uma ópera, não devem ser ouvidas apenas, devem ser sentidas com o coração.
Nossa, escrevi demais, me desculpe..rs. Adorei teu blog e voltarei aqui mais vezes, com certeza. Vou te linkar.Beijos e foi um prazer!

Anônimo disse...

Com calma você chega lá. Eu prometo.
Beijos...