março 07, 2006

O dia que a gente se conheceu

Eram mais ou menos 11h20min da manhã quando Nana sentou ao lado de um garoto que nunca tinha visto na vida. Estava tremendo, pois ali onde estavam, encontraria seu namorado. Não querendo ficar só, ela pensou numa maneira de puxar conversa: - Ta esperando alguém?Nossa claro que ele estava esperando alguém, não conseguira pensar noutra coisa pra dizer. Na verdade, não tinha nada a dizer, mas uma pequena bola compacta se formara na base do seu estômago. O modo como ele perscrutava o seu rosto não eram das melhores, e ele só balançou a cabeça afirmativamente. Não podia ser tão ignorante assim. Talvez ele pudesse ser um menino tímido. Insistiu-o. E quando menos esperava ambos já estavam rindo, falando de internet, onde igualmente eram viciados. Até que bateu o sinal e seu namorado chegou, e um pouco depois chegaste os amigos do garoto.No caminho para a casa do namorado, ela pensou no garoto diferente, e lembrou que não perguntou seu nome. Mas o que importava o nome dele? Ela estava ali por causa do namorado, e não no menino que conheceu. Chegando a casa, ela teve uma súbita vontade de ligar o computador. E foi o que fez. Conheceu melhor, lembrou de perguntar o nome dele, e ria com a crise de ciúmes do namorado. Ela admitiu-o que ele tinha namorada, e que podia ficar despreocupado.E foram assim todos os dias depois daquele fim de semana. Eles conversavam dia-a-dia, se conhecendo cada vez mais, e obtiveram uma amizade intensa. Sempre quando tinham crises no namoro, sempre buscavam um ao outro. Até que no dia dos namorados, o namorado dela, termina o namoro. Precisava mais que nunca do amigo. Tentava falar com ele bruscamente, mas ele não a respondia. Insistiu de verdade. Sentia falta dos seus conselhos. Até que estava desistindo. E toda aquela fantasia que ela tinha de ter um amigo de verdade estava indo em vão. Até então, era seu confidente, deu-lhe confiança, o amor de amigo, ensinou tudo que sabia no que acreditara que era bom pra ele, e sua namorada. Imaginou-se traída. No momento que mais precisou dele ele não estava. Então pensou: - E se ele esta sofrendo pelo mesmo motivo? E se ele esta sofrendo com sua namorada, e, eu achando que ele estava sendo egoísta? Se eu que estivesse sendo a inútil?Então resolvera fazer um apelo. Invadiu seu fotolog e homenageou-lhe, descrevendo que sentia falta de sua amizade, que estava distante e precisava dele. Deu certo. Tempo se passou e se encontravam onde se conheceram, ela fez amizade com seus amigos e nunca perdera mais contato com ele. Até que um dia, ele ligou dizendo que tinha um aniversário pra ir e que podia ficar em sua casa, porém estava em cima da hora e sua mãe não ia deixar. Não acreditou que sua mãe deixasse tão tranqüilamente. Sentiu-se muito feliz, mas sua mãe a impôs de ir, se dormisse na casa do seu avô. Não se importou com essa decisão, pois o que ela mais queria era ir à festa. Ele a esperou no ponto de ônibus. Ele é do tipo de pessoa que lhe deixava segura, que deixava á vontade pro que ela quisesse falar. Não tinha "frescuras" entre os dois. Tinham que ir os dois a casa dele, pra seguidamente irem à festa. No caminho pensara em várias coisas, observou-o de modo diferente, como que pensando alguma coisa, considerando. Subitamente, ficou muito veemente buscando o real de novo. Enquanto o esperava tomar banho ficou pensando no amor que sentia pelo amigo. Ficou pensando no tipo de coisa como o que ela sempre questionou. - Engana-se completamente quem defende que o amor pode se comparar com a paixão. O amor é, antes de tudo, racional, não surge do nada (como na paixão), requer gasto de energias, trata-se de um querer. Mas por que estou falando disso? Será que estou ficando maluca? Por que ela observou-o de modo diferente? Não disse nada a ele. Não tocou nesse assunto, ficavam só brincando, falando besteiras como de costume. Ele não saía de perto dela na festa, e agradeceu muito por isso. Aquela noite conversou sobre tudo, viram filmes, riram dos seus amigos bêbados. Até que pararam em um momento e olhaste pra Thiago. Os dois amigos trocaram uns longos sorrisos serenos, cheios de amor e compreensão. E então, com um sorriso lento e suave, ele inclinou-se e a beijou meigamente. E ficou assim a noite toda. Sem muitos beijos, mas muitas palavras. Voltando para casa, ela percebera no que tinha ocorrido. Thiago é seu melhor amigo, sua consciência. Meu deus! Ela ia perder seu amigo pra sempre. Mas como nos últimos dias tudo a surpreendia, deparou-se com plena seriedade da parte dele. E teve certeza ali, que não se tratava apenas de um melhor amigo, e sim de o único, o sincero amigo. O beijo fez-se com que a amizade crescesse cada vez mais.
-Preciso conversar com você.
-Diga Nana.
-Estou tentando não gostar de você, do outro jeito é claro, quando começo a pensar em você, bato na minha cabeça tentando evitar.
-Sim Nana, está acontecendo comigo também.
-Não podemos! Nossa amizade acabará.
-Nana, estou gostando de você e você de mim. Não somos mais criança.
E essa conversa, esse assunto, duraram dias. Ficaram com medo de estragar uma amizade tão linda e forte como era.
-Não, não posso segurar meu coração. Ele manda em mim. Estou apaixonada por você e não farei que acabe com nossa amizade.

E estamos com 1 ano e 4 meses de namoro e nossa amizade nunca acabou.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que linda historia!!

E que essa amizade/amor dure muito e mnuito anos, pois foi contruida em base sólidas!

Beijos

she disse...

Nossa, eu lembro de vc menina, mas sabe, larguei o fotolog, cansei daquilo lá. Ah, quero saber quem é o namorado hein? Eu conheço de fotolog será?

Renata Lobo disse...

Ai que história legal!!!
Poxa, e depois dizem que histórias assim é apenas na ficção...
Parabéns pra vcs dois!!!