maio 27, 2007

Opa...

Pronto. Mais uma etapa da minha vida.
Enquanto enfrento a experiência de morar sem os pais por perto, mais uma vez tenho a coragem de mudar de emprego. Assim, de repente, mesmo estando ótima.
Trabalhei como vendedora do Shopping Vitória. É, fui uma vendedora em seis meses.
Que lindos momentos. Principalmente àqueles nos quais eu me relacionava diretamente com o público.
Além de tudo, não foi uma loja qualquer. Foi loja de criança. Nem preciso dizer que eu amo lidar com essas criaturas fantásticas.
Todo mundo sabe que em cada pessoa existe uma personalidade. E esse é o maior desafio. Fazer amizades com os clientes, conversar, saber ouvir, saber satisfazer. Era a alma do negócio. E eu conseguia. Como eu fui feliz.
Por outro lado, constatei que o ser humano realmente é desafiante. Ainda mais nesse mundo. São palavras como pressa, escolha, sabedoria, nostalgia, satisfação e desabafo, no qual todos os pés que entravam na loja representavam.
Pressa porque todos nesse mundo exigem pressa. Escolha porque para escolher um tênis de criança não pode ser apenas pela beleza. Exige-se maciez, conforto e praticidade. Sabedoria para não cair nas garras das propagandas (tênis de rodinha, de luz, que vem com rádio, etc.). Nostalgia porque sempre que os pais pediam um número lembravam que seu filho está crescendo, e na maioria das vezes contam um pouco do passado, dos pezinhos menores, das brincadeiras. Satisfação era quando eu levava o que eles precisavam na medida certa. Ou quando não tinha, fazia questão de fazer pedido em outra loja pra satisfazê-los da melhor maneira possível. Desabafo porque cliente de verdade torna seu amigo. E todos os dias eu escutei todos os tipos de desabafo.
Como eu sentirei falta.
No entanto, tenho certeza que essa foi a melhor escolha. Agosto eu começo na UFES e ainda pretendo fazer uma 2º língua. Quem agüenta trabalhar sábados, domingos, feriados e ainda estudar em uma federal e cursar uma outra língua?
Por isso tive que mudar. Vou retornar a um escritório. Só que dessa vez de engenharia. Será que vai dar certo?

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