novembro 01, 2007

A inesquecível segunda-feira!

Todas segundas-feiras significavam ir ao encontro do jazz. O lugar era expressivo: miscelânea dita pela noite urbana com o encanto do litoral.

Era segunda. Dia corrido. Noite, bem tarde. Saía da faculdade ansiosa querendo estar no lugar certo do dia. Mas precisava de uma companhia. Buscou por almas que quisessem ouvir um bom som. Não só isso, como se envolver com a plenitude do ambiente. Achou alguém. De certa forma com cara amarrada. Pra ser mais exata, cara frouxa. Arranjou um jeitinho de se safar. Não teve jeito. Era o que tinha que acontecer.

A caminhada aconteceu de forma dessincronizada. Conversar com desconhecido nunca foi muito fácil. Pra ele.

As palavras, como uma sinfonia, expressas da melhor maneira.

Pegaram o transporte. O acaso revelou-se.

Tudo foi envolvido. A iluminação da cidade com suas luzes amareladas, em sintonia com a praia espremida, fizeram todo o luxo transparecer. O comparecimento de outra pessoa estranha, talvez tenha feito sentido. Uma amostra grátis, até de quem são seus amigos.

Antes, porém, eram os dois. Sentados e estados um em frente do outro. O fundo para ela era o recorte de seu terno rosto em evidência. No mais fundo, estava o mar, que em seu reflexo, via-se a iluminação da lua. Era bonito de se ver. Era bonito de se admirar.

O diálogo era forte. Sensação de bem estar. Um pensamento de que conhecia de algum lugar. Não dali. Não daquele mundo.

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