dezembro 28, 2007

Cadê o moço?

Não sento, por aí afora corro atrás do moço.
Sinto àquele vento, sinto-me leve, ouço.
Agonizante, não encontro, só há corvos.

Dei um grito, fiz cara feia, um estorvo.
Mas àquele moço se acha o louco,
Eu não entendo, eu apenas louvo.

Agora são notas que balançam. Ouço.
Distante contempla-se o coro.
Estão altas. Agudo. Cadê o moço?

Aquele vento, aquelas notas, acorda!
Cadê o moço?

A musicalidade com o vento deu-me resultado.
Estas que me conduziram pras pistas do lado.
Quero uma ferramenta, uma rosca ou um machado.

Porque sozinha tenho que ter proteção. Cuidado!

O vento sopra mais forte, o coro é mais emoção.
Saber o caminho é sorte, sinto cheiro da feição.
Coração bate, sente que não é só impressão.

E agora?
A estrada pequena acabou.
A música terminou.
O coro silenciou.

Cadê o moço?

Encontrei-o:
uma montanha de osso.

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