Quando paro para analisar as pessoas a minha volta percebo que não sou nada. Seria interessante cair no marasmo das comparações no momento feliz que me encontro. Mas, é controvérsia, assim como a vida. O sentimento é que nos deixa assim. A percepção não fica muito clara e eu me mordo de exaltação. É uma mistura de insegurança e vazio, com certezas e recheios. A subjetividade dos meus sonhos acaba por me levar à tona o peso das descobertas. É o medo no ápice das escolhas. Fico triste quando era pra ficar alegre. Fico sem saber quem sou, na hora, na exata hora que me jogam no espelho. Fico me sentindo inocente, quando me chamam de esperta. Fico me sentindo sozinha, quando estou na multidão. Eu sinto medo quando me protegem. Sinto angústia quando me sinto feliz. Mas fora da hora me sinto amada, quando sou amada. Fora da hora sinto livre quando estou livre. Fora da hora eu sou quando quero ser.
Sinto que estou aqui, mas nunca me encontro.
2 comentários:
muito bom o blog
Mais uma vez a reflexão a inquietude interior, a dúvida.
Reforça cada vez mais, a minha opinião. Talento, filosofia de vida. Com isto me identifico.
Atrevo-me a dizer, que se assim não for, a vida não merece ser vívida, pois o contrário significa " passar pela vida ". Isto não queremos.
Estar feliz ou triste é um ir e vir
Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes.
Não há respostas concretas mas há pistas do que leva até ela. Já Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse.
A felicidade não é permanente porque não dá para estar bem o tempo todo. Mas também não precisa ser uma eterna projecção.
Observar os incómodos e as inquietudes que invadem o nosso espaço interior e acolher tudo o que é nosso, o que gostamos e o que não gostamos é a via mestra para estarmos bem com nós próprios.
Ass: Mário
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