dezembro 17, 2009

Aflição da vida

Descobri o que eu já tinha descoberto
era um incômodo sem fim,
mas que não sabia o que era ao certo
mas sim, hoje percebi;
A idéia ilumina, a vida faz sentido com ela
Mas ela é branca;
Sempre gostei do doce, mas ela é amarga
Depende do dia, depende da linha
Mas desafina se posto no copo.
Pequeno, grande, que seja, sempre servirei mais um copo
chega um ponto que não mais me lembro
sei que chega a hora da fumaça
desce como água, que recrimina até a alma;
Mas não há nada melhor do que me faz sentir
um copo, dois copos, serve mais.
O que importa, não mais do que degusta
Não lembro mais da vida,
Se a vida faço sentir sem ela.
Com ela, a branca, que seja amarga,
aga, aga, aga,
esqueço.

3 comentários:

Pedro Cunha disse...

Mais uma garrafa, então.
E outra.
Um cigarro também.
Que a aflição da vida não passa.
Se passasse...
Passar assim é futuro do futuro do pretérito.

Anônimo disse...

mas isso é cerveja ou é cachaça?
me explica, nana! (;
é a fernanda aqui!

Anônimo disse...

Advertência para reflectir.

A situação actual em Portugal.

Está a tornar-se numa rotina.
Carrinhas da polícia com dezenas de agentes vão levando crianças para o interior dos veículos.

Umas por andarem com bilhetes de identidade falsos. Algumas são verdadeiras obras de arte, tal a perfeição, outras por mau comportamento e apresentarem sinais evidentes de embriaguez.

Há quem tente entrar com o BI do irmão mais velho ou de um amigo.

Têm menos de 16 anos e quando confrontadas com o facto de terem tentado entrar em discotecas ‘proibidas’ alegam que os pais estão a par das suas deambulações nocturnas.

Bebem muito ou aguentam pouco e fazem gala de lutarem pelo título do maior desordeiro. Acreditam que as garotas os escolhem pela sua bravura...

Por vezes, são os próprios progenitores que vão insultar os porteiros e responsáveis das casas de diversão nocturna por impedirem os filhos de acederem às pistas de dança.

Fumam muito, gostam de bebidas destiladas em formato de shot, preferencialmente e não raras vezes acabam a noite com algumas nódoas negras no corpo e sangue na roupa.

Há quem diga que sempre foi assim. Talvez seja verdade, mas ainda há dias um amigo me dizia que o filho de 12 anos tinha chegado a casa por volta das sete da manhã porque tinha estado numa festa de aniversário.

«Mas os pais estavam presentes», acrescentou. Sem querer fazer juízos de valor, alguma coisa está errada. Enquanto os governos europeus procuram a todo o custo aumentar a idade permitida para se fumar e beber, as famílias vão permitindo que o mesmo aconteça mais cedo.

São poucos os pais que querem que os filhos sejam marginalizados por não acompanharem os amigos...

Como não acredito que a proibição legislativa consiga alterar comportamentos sociais, no futuro haverá muito mais adolescentes com problemas de alcoolismo e não só.

Ass: Mário