julho 12, 2008

Parte II

Ah, mas se a vida fosse completa como queria que fosse

Poderia ser mais forte, sem complicações que fossem

Ah se pudesse ser durona, falar bonito, falar desgostoso,

Quem me dera se pudesse ser a alma do negócio;

Atacaste, mataste, fodaste, desdém

Sorriso torto, não quero ver ninguém

O amor não tem limites

Quando existe inteiramente vida

Mas quando há pessoas no meio

Cuida-se, há de se preocupar com a sina.

Vulgaridade sem que há barbaridade

Faz de conta que eu sou você

Ou que você sou eu

Joga na cara?

O amor não tem limites

Quando não há jogo, pois..

Pois? Isso é um tapa na cara.

Alanceia, soando facada no peito.

Tapa dói. Fere.

3 comentários:

Noh disse...

Que lindo amiga,foi você que escreveu???

saudades =******

Acasos Irrisórios disse...

só consegui dar upload no vídeo hoje!

agora o link tá lá!

beijo aí!

Anônimo disse...

A amizade é o amor sem preço nem prazo de validade. Amamos os nossos amigos sem que os seus defeitos nos afectem. Perdoamos fraquezas, ausências e silêncios, relevamos deslizes e esquecimentos, não exigimos deles mais do que o que já sabemos que nos podem dar.

Os amigos são isto: deles aceitamos quase tudo, estamos sempre prontos para os ajudar e damos-lhe quase sempre razão. Sabemos ouvi-los, intuímos quando estão mal, gastamos o nosso tempo a encontrar soluções que os ajudem.

Os problemas dos nossos amigos ganham por vezes proporções tão grandes para eles como para nós, que não descansamos enquanto eles não ultrapassarem as suas crises.

Se sabemos ser tão bons amigos, porque é que tantas vezes não conseguimos fazer o mesmo com o outro, com a pessoa que vive connosco ou com quem partilhamos a nossa vida?

Por que é que o amor é tão mais exigente, tão mais egoísta, tão mais inflexível, tão menos generoso?

Por que é que o amor incondicional que acreditamos sentir pelo outro se vai transformando numa soma de compromissos, e do dar tudo por tudo passamos para dar na medida daquilo que recebemos, ou dar para depois cobrar?

Talvez o amor real se resuma a este perpétuo exercício de humildade que é dar e receber, com conta, peso e medida, tentando não cair na tentação de cobrar.

Os cobradores de amor são ainda mais sinistros do que os cobradores de impostos.

Quem está sempre a cobrar não conhece as regras básicas do jogo amoroso. Mais importante do que falar, é agir. Mais eficaz do que explicar, é dar o exemplo. E mais interessante do que repetir sempre as mesmas queixas, é escrevê-las e pendurá-las na parede.
As pessoas ouvem as mesmas coisas melhor se forem ditas por outras pessoas ou escritas.

É preciso parar para pensar e pensar antes de agir, de protestar, de cobrar. Sem empatia, é impossível construir o amor. A empatia é a capacidade de perceber o que o outro sente, o que o outro quer, o que o outro precisa, sem impor o que acreditamos ser o melhor para ele.

Amar alguém é como dar a mão, mas sem forçar; às vezes é preciso puxar para cima, outras vezes é melhor largar e deixar que o outro siga por onde quer, mesmo sabendo que ele se vai enganar e voltar atrás.

Amar é sempre uma forma de exercer poder, da mesma forma que ser amado é aceitar que o poder do amor que o outro tem por nós paire sobre a nossa cabeça, por vezes sob a forma de um manto protector, outras sob a forma de uma espada, porque quem nos ama é porque já nos projectou no seu espírito, quem nos ama quer sempre que sejamos mais e melhor do que somos, quem nos ama quer sempre moldar-nos ao seu desejo ou à sua imagem e semelhança.

Amar é um jogo de sentidos e de poderes, é preciso ser humilde e generoso para o ganhar, todos os dias um bocadinho, com esforço e entendimento, sem medo de falhar.


Se assim for, ninguém perde e ganham os dois.

Ass: Mário